quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Metade


Mais uma vez

A agonia das vãs esperanças e idiotas expectativas. Se não fosse não fatalmente trágico, seria ridículo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Love 2


Contrário da Liberdade

Anseio pela hora em que consiga arrancar-te da minha pele. Receio que o teu cheiro não me abandone nunca mais e que para sempre eu fique presa na ideia de que estarás sempre onde nunca sequer permaneceste mais do que uns segundos em momentos soltos, sem nexo, descontínuos. Não deve ser difícil, nem aparenta ser um mistério libertar-me da ideia que se entranhou em mim, algures num órgão do meu corpo. Calculo que será suficiente abrir os que tudo comandam, cérebro e coração, procurá-la e arrumá-la no espaço da memória correspondente. Até lá … serei a antítese de livre.

Confusão




Cedo

A linha que separa a minha estabilidade emocional da inversa ficou mais fina. Qualquer suave brisa que me atinja a estremece e, para ajudar, nestes primeiros dias do ano o vento tem sido bem forte. Cedo. Não um ceder de encontro, mas de desencontro. Cedo e é para o lado de lá, é para mais longe onde vai cansa o tentar lembrar do “porquê”.

Cedo e corto. Um corte limpo, sem arestas, sem falhas, com a força de um cíclope que foca com um só olho … mas que pára de rompante. A linha é fina mas impõe-se. Agarra-se, agarra-me as mãos e trava o movimento. Mas cedo ainda e não tarda será o golpe final. Até ao além, bom ou mau, mas longe daqui.

[2012]

Love 1


É tempo

Em breve será tempo. Está quase quase.
Quem estou eu a querer enganar? Ainda falta.

Será tempo, será, mas não para já.

São as breves dissertações de um cérebro cansado, que se ilude com uma tarefa que é longa e que preferia terminada.