Na praia arenosa,
pegadas. É primavera —
longo vai o dia.
Passada a tormenta,
sol tardio brilha na árvore
onde a cigarra canta.
Nuvens ondeantes —
amontoadas ao sul,
barcos, brancas velas.
Perto das ruínas,
as aves a vaguear
por entre o hibisco.
Na curva da estrada,
já pode avistar-se o templo —
rústicos crisântemos.
Aqui e ali
um veado transparece
no meio dos arbustos.
Não há jardineiro —
o jardim em liberdade
e por aparar.
O sol da tardinha
trespassa a vegetação,
pousando na rede.
Na ilha do lago,
lá onde ninguém habita,
é densa a folhagem.
de Matsuo Bashô
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