A linha que separa a minha estabilidade emocional da inversa ficou mais fina. Qualquer suave brisa que me atinja a estremece e, para ajudar, nestes primeiros dias do ano o vento tem sido bem forte. Cedo. Não um ceder de encontro, mas de desencontro. Cedo e é para o lado de lá, é para mais longe onde vai cansa o tentar lembrar do “porquê”.
Cedo e corto. Um corte limpo, sem arestas, sem falhas, com a força de um cíclope que foca com um só olho … mas que pára de rompante. A linha é fina mas impõe-se. Agarra-se, agarra-me as mãos e trava o movimento. Mas cedo ainda e não tarda será o golpe final. Até ao além, bom ou mau, mas longe daqui.
[2012]
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